sábado, 25 de janeiro de 2014

Tudo muda e a pedra é pó e o pó é cinza.
E já não te reconheço. Já não reconheço a tua racionalidade, a tua ânsia por analisar, de não deixar pedra sobre pedra, num comportamento quasi obsessivo.
Só frases curtas, secas, straight-to-the-point. (a pedra é pó)
E a minha agressividade passiva, que não é mais do que birra, que nada muda. (e o pó é cinza)

E não há Fénix.
– E agora? Vai cada um para a sua cama, não é?
– Não há outra opção...
– Há SEMPRE outra opção.
– ...
– ...

sábado, 18 de janeiro de 2014

A febre de te ler

Quero um amor desses.

Não.
Quero esse.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Febre


E se te dissesse que estou há meses à procura do Pi? Se te dissesse que não consigo virar a página porque não a quero virar antes de ter descoberto a fórmula secreta? Parte de mim puxa-me lá para fora, diz-me «olha que bonita é a vida lá fora». Mas a outra está agarrada a contas e a mapas de memórias e a ramificações e enredos e o raio que a parta. 3,14. E o resto? O resto está escondido, mas tem de haver um padrão. TEM de haver um padrão. 3,1415926. Não estás e sinto que me amputaram um membro. TEM de haver uma razão lógica. 3,14159 26535 89793 23846 26433 83279 50288 41971 69399 37510 58. Não vou parar enquanto não a encontrar, a vida é demasiado curta para não ser gasta em cálculos. 3,14159 26535 89793 23846 26433 83279 50288 41971 69399 37510 58209 74944 59230 78164 06286 20899 86280 34825 34211 70679 82148 08651 32823 06647 09384 46095 50582 23172 53594 08128 48111 74502 84102 70193 85211 05559 64462 29489 54930 38196 44288 10975 66593 34461 28475 64823 37867 83165 27120 19091 45648 56692 34603 48610 45432 66482 13393 60726 02491 41273…