Já fui contra o novo acordo ortográfico, é um facto. Defendi
diferenças evolutivas entre o português do Brasil e o português Europeu,
juntei-me a todas as vozes discordantes que bramiam em desfavor daquela que é,
feitas bem as contas, uma convenção.
Sem olharmos a politiquices ou a sentimentos patriotas, e
servindo-nos apenas da lógica, a escrita não é mais do que um código. A língua,
essa mantém-se, encerrando nela toda a cultura do país.
Não posso dizer que a ideia de mudar a forma como escrevi
durante dezassete anos (mais coisa, menos coisa) me agrade. Mas também sei que
são razões afectivas as que me levam a oferecer resistência a esta nova
convenção. E eu sempre fui de separar as águas.
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