quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Separar as águas


Já fui contra o novo acordo ortográfico, é um facto. Defendi diferenças evolutivas entre o português do Brasil e o português Europeu, juntei-me a todas as vozes discordantes que bramiam em desfavor daquela que é, feitas bem as contas, uma convenção.
Sem olharmos a politiquices ou a sentimentos patriotas, e servindo-nos apenas da lógica, a escrita não é mais do que um código. A língua, essa mantém-se, encerrando nela toda a cultura do país.
Não posso dizer que a ideia de mudar a forma como escrevi durante dezassete anos (mais coisa, menos coisa) me agrade. Mas também sei que são razões afectivas as que me levam a oferecer resistência a esta nova convenção. E eu sempre fui de separar as águas.

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